PACCE visita o Grupo de Estudos do Meio Ambiente

No final de janeiro a metodologia da Aprendizagem Cooperativa foi apresentada ao Grupo de Estudos do Meio Ambiente (GEMA). O grupo foi iniciado em 2008 por iniciativa do Prof. Henrique Gomes de Lima na Escola Governador Adauto Bezerra e tem incentivado estudantes no Ensino Médio a compreender o Meio Ambiente em sua perspectiva holística, buscando entender as mais variadas relações que tangenciam ou transpassam as questões ambientais. Dessa forma, o grupo tem sido importante para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo na instituição.


Além disso, estudantes que já deixaram a escola e continuam participando do grupo trazem suas contribuições para o GEMA. Dessa vez, passando por uma fase de reestruturação do grupo, o ex-bolsista do PACCE, Lucas Gonçalves Monte, apresentou como proposta a Aprendizagem Cooperativa por meio de um encontro em que participantes do grupo puderam conhecer a história do PACCE e do PRECE na ideia de buscarem coisas em comum entre essas duas experiências e o GEMA.


No último sábado de janeiro (27/01) o grupo passou por duas oficinas em Aprendizagem Cooperativa: história de vida e habilidades sociais. Depois de um quebra-gelo em que o grupo aproveitou para refletir sobre competição, interdependência e confiança foi o momento da história de vida. Puderam compartilhar suas histórias com pessoas do grupo que não tinham conversado tanto e até com aquelas que já conheciam parte de suas histórias. Foi um momento para se conhecer e reconhecer uns nos outros.


Após a oficina de história de vida, realizaram a oficina de habilidades sociais utilizando a estratégia de Jigsaw. Em uma primeira etapa, os alunos são distribuídos em grupos e um determinado tópico é estudado individualmente pelos membros de cada grupo. Na segunda etapa, o tópico é discutido por todos em cada grupo. E, ao final, representantes de cada grupo “visitam” outros grupos explicando o resultado da discussão do seu sobre parte do assunto que ficou responsável. Nesse momento, além da parte teórica sobre o pilar, os grupos puderam ver as relações daquilo que estava sendo estudado com suas próprias vivências, então estavam também compartilhando suas experiências em cada situação.


Ao final das oficinas, o grupo aproveitou para debater o que fariam em momentos futuros e planejar as atividades, mas já pensando em como fazer de forma cooperativa. O dia foi encerrado com cada um falando o sentimento que aquele encontro deixou e um abraço em cada pessoa, algo que já é comum nas reuniões do GEMA.


“A oficina de Aprendizagem Cooperativa é muito construtiva, principalmente no que se refere a transmissão das habilidades sociais. Dado que, no decorrer das dinâmicas é possível constatar a teoria e a prática no ato. Essa transição é notada, nos levando a refletir sobre: como tem sido nossa convivência com os demais? E, como podemos melhorar? Foi bastante importante durante as dinâmicas, a regressão proposta por uma delas, aonde tivemos de contar nossas histórias. Noutro momento a importância da empatia, das escolhas e das expressões verbais e não verbais, dentro da sociedade. Isto, partindo do individual para o coletivo. Portanto, concluo, aprimorar-se, é o primeiro passo para aprimorar um grupo, e consequentemente, todo o mais que o grupo venha a desenvolver. Ressaltando claro, que grupos que, aprimoram-se juntamente tem um desenvolvimento nas suas atividades, mais acelerado, pois, se cada integrante do grupo propor suas ideias separadamente, o grupo perde tempo à discuti-las. Nisso destaca-se a importância do cooperativismo, do espirito de equipe no ganho de tempo nas tomadas de decisão.” (Braiam Lima – estudante de Filosofia na UFC)


“O contato com o conceito, projeto e os pilares da aprendizagem cooperativa foi e tem sido uma experiência muito valiosa, pelo fato de vivenciá-la, simultaneamente, na teoria e na prática, dentro do GEMA. Além de não somente mudar minhas compreensões sobre a integração entre pessoas e de que forma esta interação pode ser benéfica sob diversos aspectos, melhorando desde índices acadêmicos até a convivência cotidiana, como também permitir-me identificar situações nas quais não havia realmente sistema de cooperação/parceria, além rever posicionamentos e atitudes pessoais.” (Emely Matos – estudante do terceiro ano do Ensino Médio)

Texto: Lucas Gonçalves

Revisão: Ana Thaís Cavalcante

 


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