O Guia para uma célula de sucesso!

Foto por: Ana Thaís / Comunicação e Marketing

Após passar por um intensivão de conteúdos e atividades, os Articuladores do Programa irão começar suas atividades de células de estudo a partir do dia 8 de abril.

Sabemos o quanto é complicado articular uma célula, se tem uma coisa que nós sabemos sobre é a dificuldade de organizar e fazer dar certo a célula, antes de escrever textos assim, estavamos passando pelo mesmo que vocês, jovens padawans. Essas que são o foco do Programa, se tornam um dos maiores e mais incríveis desafios dos bolsistas, já que precisam facilitar uma grupo de estudo em um ambiente acadêmico extremamente competitivo e individualista. E, por essa razão, fizemos esse guia para ajudá-los a combater e transformar esse ambiente, então continue lendo e venha para o lado da luz e da cooperação.

Enfim, mas o que uma célula tem de tão importante e qual o diferencial de outras tantas que são feitas em diversos contextos? As células facilitadas pelos bolsistas do PACCE tem como objetivo combater a evasão dos cursos de graduação da UFC, possibilitar um sentimento de acolhimento e integração a faculdade e propiciar o sucesso acadêmico dos membros.

Os articuladores de células, bolsistas do Programa que as facilitam, introduzem a metodologia da Aprendizagem Cooperativa nos grupos de uma forma bastante dinâmica. A maioria dos encontros contam com algum quebra-gelo bastante lúdico para que os membros se conheçam melhor e se sintam mais confortáveis em grupo; depois ocorrem as atividades de estudo propriamente dito, em que são sugeridas novas métodos de estudo cooperativos para uma melhor fixação do conteúdo e troca de conhecimentos, e por último, mas não menos importante, o processamento de grupo, que é um momento em que todos podem dar suas opiniões de como foi o encontro, de uma maneira construtiva.

Além dessa estrutura, comumente, os articuladores também deixam nítido os seis pilares do Programa em suas atividades. Esses auxiliam e trazem uma nova visão de como sobreviver e tentar mudar esse meio acadêmico tão competitivo.

O primeiro pilar é o da Interdependência Positiva: é a dependência voluntária, ou espontânea, e mútua entre os membros do Programa. Envolve um processo de aprendizado em que há uma troca de conhecimentos e de papéis.

O segundo pilar é a Responsabilidade Individual: significa que cada um tem sua função dentro do grupo e, assim, existe uma necessidade de que todos cumpram a sua parte para que o grupo atinja uma meta coletiva.

A própria Interdependência Positiva e a Responsabilidade Individual se completam. Você pode aplicar estes pilares de uma forma muito simples: distribuir papéis dentro da sua célula, cada pessoa tendo uma obrigação a cumprir. Estas tarefas entregues a cada um devem se completar para, só com o trabalho em grupo e realizado por todas as partes, seja possível alcançar o objetivo inicial. Por uns membros estarem mais aptos para alguma atividades do que outras, pode acontecer que a distribuição ocorra de acordo com isso, desse modo, deve-se incentivar que os que saibam mais de um assunto do que outro membro participem de uma troca de conhecimentos. Dessa forma, é interessante criar grupos, dentro da célula, que sejam compostos de pessoas que tenham facilidade em partes complementares.

O terceiro pilar é o das Habilidades Sociais: relaciona-se com a aquisição de uma série de competências referente às relações sociais e de convivência, em que os membros aprendem a ter tato para compreender o contexto social de cada um, respeitando suas individualidades.

Você deve criar um ambiente no qual os membros se sintam confortáveis para falar suas opiniões e ideias. É muito comum pessoas chegarem no PACCE com as habilidades sociais não desenvolvidas, por isso, você deve criar atividades nas quais todas devem falar, mesmo que seja pouco. O respeito a fala do outro também é muito importante para criar um espaço harmonioso. Atividades de quebra-gelo, no começo de toda célula, são muito interessantes para tornar o clima mais leve, propício para o desenvolvimento das habilidades sociais.

O quarto pilar é a Interação Promotora: trata-se de respeitar e reconhecer o esforço do outro, além de valorizar sua participação, criando então um ambiente de sinergia entre os membros.

Você pode aplicar esse pilar da seguinte forma: colocar na sua célula atividades que promovam o contato dos participantes uns com os outros, dessa forma, todos podem conhecer um pouco de cada um, conhecendo suas fortalezas e suas dificuldades. Esse pilar pode ir muito bem junto com a história de vida (spoiler alert). Ao criar laços cooperativos com os membros, as atividades da célula podem ser divididas de acordo com a disponibilidade dos participantes, além de serem divididas também pensando no que cada um tem mais experiência ou facilidade ao fazer.

O quinto é o Processamento de grupo: é o momento de autoavaliação, de avaliação do grupo e das atividades, em que todos podem dar sua opinião para a construção de algo melhor.

Sua aplicação pode ser assim: Reserve um tempo ao final de sua célula para conversar com os membros sobre como está sendo a experiência deles nela. O processamento de grupo funciona como um feedback para sua célula, então deve ser usada para apontar o que está funcionando e o que pode ser mudado. Um modo de processamento muito usado no PACCE é o “Que bom, Que Pena e Que Tal”, no qual os membros apontam o que gostam, o que não gostam e dão uma sugestão do que pode ser melhorado. Existem outras formas de processamento, você pode escolher a que melhor se ajusta aos membros de sua célula, o importante é que saiba a opinião dos participantes.

O sexto pilar é a História de vida: esse pilar, exclusivo do PACCE, é responsável por criar uma dinâmica melhor no grupo, pois, quando os participantes da célula escutam a história de vida do colega, cria-se uma relação extremamente empática entre eles.

O melhor momento para ele ser aplicado é durante os primeiros dias da célula, para conhecer de forma mais adequada os membros. Pense em alguma atividade na qual os participantes possam falar um pouco de sua vida, de forma resumida, pode ser um momento de incentivo ao protagonismo do membro, deixando que este tenha seu tempo, sozinho, de contar a história, ou uma atividade grupal, na qual todos podem participar, incentivando, assim, a interação entre eles. A história de vida pode gerar um ambiente mais confortável e empático na célula.

Esse guia vem para tornar mais explícito a forma como nossos Articuladores gerenciam as células incríveis que logo serão divulgadas aqui no site como em todas as nossas redes sociais e fóruns da faculdade. Pois o segredo para uma célula de sucesso é: o engajamento de todos os nossos bolsistas e dos seus membros para a construção de uma Universidade mais cooperativa em todos os âmbitos, a partir de um método de aprendizagem mais didático e dinâmico. Portanto, você não vai ficar fora dessa, não é? Fica ligado nas redes sociais, que têm células de todos os temas possíveis!

 

Texto por: Ana Thaís e Suzy Crisóstomo / Comissão de Comunicação e Marketing





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