A professora do Departamento de Letras Vernáculas da UFC, Sandra Maia, nos recebeu em sua sala de aula para termos uma conversa sobre seu contato e trajetória com a História de Vida.
Em relato, a professora nos contou que o seu primeiro contato com a contação de história de vida foi quando ainda estava na graduação, em 1994. Nessa época, ela trabalhava na Classe Hospitalar – metodologia esta fundada no Ceará pela própria, no hospital Albert Sabin.
Ao longo dos trabalhos, ela teve a oportunidade de ter contato com crianças com câncer, ouvindo de uma destas: “Não quero saber de classe. Ler e escrever eu já sei. Eu quero entender como sou, como é meu corpo, quero falar de mim.” Foi exatamente nesse momento que ela percebeu a importância da história de vida como uma forma de autoconhecimento na vida dessas crianças.
Diante disso, após sua especialização em psicopedagogia, buscou mais informações acerca do assunto, encontrando em uma revista francesa estudos sobre pessoas em situação de crise. Nesse momento, houve um aprofundamento na temática, tornando-se foco do seu doutorado. Sua tese foi defendida na França, em 2003.
Apesar das críticas e opiniões contrárias, a docente permaneceu inspirada a expandir o seu trabalho, trazendo os resultados de sua pesquisa para o Brasil e buscando apoio para inserir no âmbito acadêmico, por meio da disciplina Biografismos.
A professora relatou que há quatro anos estava tentando montar a ementa da disciplina, encontrando dificuldades pela falta de apoio. Os questionamentos feitos a ela eram sobre a disciplina ter relação ou não com a linguística.
Mesmo com os obstáculos ela conseguiu mostrar a importância deste conhecimento para o ambiente profissional, visto que cada aluno do curso de Letras é também um formador de professor e de histórias. Ela nos relatou que “assim como meus filhos contruíram minha história e eu a deles, os meus alunos constroem minha história e eu a deles. Não só como alunos, mas como professores.” Desta forma, ela obteve a aprovação para o início da disciplina, ainda que com o desafio de cativar mais alunos que tenham interesse pela temática.
Apesar de nova e de causar uma certa estranheza em um primeiro momento, a expectativa dos alunos acerca da disciplina é de conhecer um campo que até então muitos não veem como uma área de estudo. Estão muito empolgados paara entender e aplicar esses conceitos quando tornarem-se profissionais.
A repercussão tem sido tão positiva, que alguns de seus alunos estão interessados em fazer mestrado em Biografismos, com a referida docente.
Biografismos: a disciplina que estuda história de vida
ISABELA Comunicação 0 Comentário 1713 Visualizações
A professora do Departamento de Letras Vernáculas da UFC, Sandra Maia, nos recebeu em sua sala de aula para termos uma conversa sobre seu contato e trajetória com a História de Vida.
Em relato, a professora nos contou que o seu primeiro contato com a contação de história de vida foi quando ainda estava na graduação, em 1994. Nessa época, ela trabalhava na Classe Hospitalar – metodologia esta fundada no Ceará pela própria, no hospital Albert Sabin.
Ao longo dos trabalhos, ela teve a oportunidade de ter contato com crianças com câncer, ouvindo de uma destas: “Não quero saber de classe. Ler e escrever eu já sei. Eu quero entender como sou, como é meu corpo, quero falar de mim.” Foi exatamente nesse momento que ela percebeu a importância da história de vida como uma forma de autoconhecimento na vida dessas crianças.
Diante disso, após sua especialização em psicopedagogia, buscou mais informações acerca do assunto, encontrando em uma revista francesa estudos sobre pessoas em situação de crise. Nesse momento, houve um aprofundamento na temática, tornando-se foco do seu doutorado. Sua tese foi defendida na França, em 2003.
Apesar das críticas e opiniões contrárias, a docente permaneceu inspirada a expandir o seu trabalho, trazendo os resultados de sua pesquisa para o Brasil e buscando apoio para inserir no âmbito acadêmico, por meio da disciplina Biografismos.
A professora relatou que há quatro anos estava tentando montar a ementa da disciplina, encontrando dificuldades pela falta de apoio. Os questionamentos feitos a ela eram sobre a disciplina ter relação ou não com a linguística.
Mesmo com os obstáculos ela conseguiu mostrar a importância deste conhecimento para o ambiente profissional, visto que cada aluno do curso de Letras é também um formador de professor e de histórias. Ela nos relatou que “assim como meus filhos contruíram minha história e eu a deles, os meus alunos constroem minha história e eu a deles. Não só como alunos, mas como professores.” Desta forma, ela obteve a aprovação para o início da disciplina, ainda que com o desafio de cativar mais alunos que tenham interesse pela temática.
Apesar de nova e de causar uma certa estranheza em um primeiro momento, a expectativa dos alunos acerca da disciplina é de conhecer um campo que até então muitos não veem como uma área de estudo. Estão muito empolgados paara entender e aplicar esses conceitos quando tornarem-se profissionais.
A repercussão tem sido tão positiva, que alguns de seus alunos estão interessados em fazer mestrado em Biografismos, com a referida docente.
Texto: Isabela Horácio e Raquel Brito
Revisão: Bianca Bezerra
Fotos: Igo Albuquerque
Atenciosamente,
Comissão de Comunicação e Marketing
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